Foi há três anos atrás, quando da oitava série, que me chega a coordenadora da escola trazendo uma nova aluna pra sala. A principio, ela era o centro das atenções. A d chegou com cara de mau, vestida de preto, like rebelde rs, sentou com brutalidade e já colocou o pé na cadeira. /medo.
Alguns dias se passavam e as pessoas cada vez mais ficavam com medo dela. Ela respondia professores e sempre levava broncas pela sua postura dentro de sala. Aos poucos ela foi criando amigos na cidade e na escola - esqueci de dizer que ela havia vindo de outra cidade, vizinha da atual - e aí foi se mostrando alguém mais socializável, rs.
Lembro-me que certo dia, não sei em que ano, ouvi falar que a d era bi e que ela tinha ficado com uma garota e um garoto numa festa particular. Primeira reação: nojinho, rs. Eu ainda era ''criança'' e aquilo soou absurdo pra grande maioria dos colegas de sala. Não foram todos que ficaram sabendo ali, mas quem soube, achou, no mínimo, estranho demais.
A cidade tinha 90% menos gays visíveis que hoje, então, aquilo foi O acontecimento. Imagine, se Deus fez dois sexos, um complementa o outro. ''Que aberrações!''
Acontece que hoje, a d é muito bem vista e ''aceita'' - as aspas denotam que ninguém tem que aceitar nada, só ela mesma - por todo mundo. E é muito querida. É certo que ela ainda toma vááááárias broncas pelo seu jeito espalhafatoso, mas isso é dela, e não muda - mas ainda bem q aparencias e estilos mudam, ne dani? rs -. E então, quem acha nojento o homossexualismo, continua achando a d 'estranha', mas a convivência com ela não é nem um pouco prejudicada, o que eu já acho q na minha situação seria diferente - assunto pra outros posts rere-.
Daí, a d hoje é o meu amor. Amo ela de verdade. Sabe, ela foi a primeira a saber de mim e desde então, muita coisa mudou na minha vida (pra melhor). Quero muito bem a ela e enquanto eu puder, vou ser o ombro amigo pra escutá-la e rir das bobeiras dela. Meu amor confidente.
A d é gatinha, eu q desenho mal rs
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